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Eternos jogadores

31.12.1969

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Tag curiosidade História

O baralho surgiu como uma revolução no mundo dos jogos. Em um dicionário especializado, o verbete “baralho” poderia ter a seguinte descrição:

 

“Conjunto de objetos planos e uniformes (denominados cartas), que apresentam em uma de suas faces símbolos que podem ser agrupados em conjuntos homogê­neos (denominados naipes); cada naipe forma uma série composta por várias cartas de valores diferentes. 

 

A outra face (denominada dorso) apresenta ornamento decorativo, repetido em todas as cartas (caso mais comum, modernamente), ou não apresenta nenhum elemento impresso, o que ocorre na maioria dos baralhos produzidos antes do século 19. 

 

O conjunto é utilizado, principalmente, como apetrecho de vários jogos, seguindo regras específicas.”




Naipes e faces do Baralho Texas Hold´em da Copag

 

Esta definição distingue baralhos de outros jogos com cartas, nos quais não existe a hierarquia de valores distribuídos nos vários naipes. Existe uma extensa gama de jogos com cartas que não são baralhos. 

 

Talvez o mais popular no Brasil seja o jogo do Mico, produzido pela Copag em duas versões, no qual pares de cartas com o feminino e masculino de vários animais devem ser agrupados. 

 

Outro jogo de cartas ‘não baralho’ famoso é o Magic the Gathering, criado em 1993 pelo matemático Richard Garfield. Embora agrupadas em conjuntos de cores, também não seguem a estrutura típica dos naipes usados em baralhos.

 

Além de ajudar no desenvolvimento do raciocínio, o Jogo do Mico garante a diversão e conecta pessoas de forma animada e descontraída.

 

A Copag oferece uma extensa gama de jogos com essas características, sendo facilmente encontrados em nossa loja online

 

Encontram-se jogos destinados desde o público pré-infantil ao adulto, uma vez que jogar é uma atividade primária do ser humano, até mesmo, de outros animais.



Confira toda a linha de jogos da Copag

 

Johan Huizinga, que foi reitor da Universidade de Leyden, na Holanda, importante filósofo cultural do século 20 e um dos mais eruditos estudiosos do conceito de jogo, considera essa atividade tão importante quanto a do raciocínio (que nos caracterizou como Homo Sapiens) e da fabricação de objetos (o Homo Faber). 

 

Para ele, o Homo Ludens (aquele que joga) mereceria um lugar em nossa nomenclatura de espécie animal. 

 

Certamente jogamos desde muito antes de termos passado a ser classificados como Homo.

 

Contrapondo-se aos seus ‘primos’ mais antigos – dados e jogos de tabuleiro – os baralhos foram inventados há relativamente pouco tempo. Os primeiros registros conhecidos estão na Idade Média, entre os séculos 13 e 14.

 

Jogos de tabuleiro, por outro lado, são encontrados em registros ainda do Antigo Egito e da Babilônia. 

 

O mais antigo conjunto com essas características (resgatado completo com o tabuleiro e suas peças) data de 4.000 a 3.500 anos antes de Cristo. Estava em uma tumba em El-Mahasna, ao norte de Abydos, no Egito. 

 

No Museu Britânico exibe-se com orgulho um conjunto do jogo Real de Ur, datado em cerca de 2.500 anos antes de Cristo. 

 

Também é de cerca de 2.300 anos antes de Cristo o aparecimento dos dados, cuja origem pode ter sido a dos osselets, pequenas peças formadas de ossos animais, com uso ainda desconhecido, mas com possibilidade de terem sido primitivos instrumentos de jogos, com registro de existirem já em 4.200 anos antes de Cristo.



Mesa de Senet e o jogo Real de Ur são alguns dos jogos mais antigos de que se tem notícia

 

Jogos de tabuleiro objetivam a captura e posicionamento de peças. Associados aos dados, acrescentou-se o fator ‘sorte’ às suas estratégias. 

 

Já os jogos de baralhos, diferentemente, focam na combinação de conjuntos ou sequências de cartas. Mas sua principal peculiaridade, que os distingue fundamentalmente dos jogos até então existentes, é serem os primeiros baseados em informações incompletas.

 

Enquanto nos jogos de tabuleiro todos os jogadores conhecem as posições das peças e suas possibilidades de movimentação, nos jogos de baralhos parte dessas informações fica desconhecida, adicionando um componente de incerteza na estratégia da disputa. 

 

Além do fator sorte e aleatoriedade, introduzidos pelos dados, acrescenta-se a falta de informações completas sobre as ‘peças’ em jogo.

 

A surpresa do desconhecido, a praticidade de transporte e armazenamento, a variedade de jogos, passíveis de serem praticados por quantidades variáveis de jogadores, fez a fama desta nova invenção. 

 

Tão famosos ficaram, que superaram os jogos de tabuleiros em popularidade e diversidade.

 

Por José Luiz Giorgi Pagliari e Cláudio Décourt