Há alguns anos atrás era quase impossível uma empresa no Brasil preocupar-se com as embalagens que seus clientes jogam no lixo.
Esse cenário começou a mudar com a Política Nacional de Resíduos Sólidos que derivou em diversas outras políticas públicas a nível estadual e municipal.
O objetivo principal destas iniciativas é solucionar de uma vez por todas, o problema de resíduos sólidos e dos lixões clandestinos, até mesmo para evitar que previsões tais como “ter mais plástico nos oceanos que peixes até 2050” não venham a se confirmar, por causa do excesso de consumo e de resíduos dispostos de forma irregular.
Para isso, toda a cadeia de consumo (fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes) devem assumir a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.
O desafio não é pequeno, visto que hoje os índices de reciclagem no Brasil são baixíssimos, menores de 3%, e a cada 24 horas produzimos quase 240 mil toneladas de lixo (Fonte: Eureciclo).
Dentro deste contexto, o processo de logística reversa, tem se tornado um aliado valioso, pois possibilita a reintrodução de um material no ciclo produtivo sem que seja necessário a extração de nova matéria-prima e ainda reduzindo o volume de resíduos dispostos em aterros sanitários.
Além da indiscutível importância ambiental, outro efeito muito positivo da logística reversa é valorizar o trabalho e aumentar a renda dos catadores e cooperados, já que são eles os responsáveis por quase 90% do lixo reciclado no Brasil.
Muitas empresas entenderam bem o seu papel socioambiental nesta história e tem abraçado a causa, seja com a modificação em sua linha de produtos, facilitando que seus consumidores devolvam os produtos que não serão mais utilizadas ou ainda através de certificados de compensação.
Cooperativas são contratadas para reciclar o volume correspondente ao volume vendido independentemente da quantidade devolvida pelo clientes, método este atualmente escolhido pela COPAG. =D